21 Mar 2019 12:27
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<h1>Irã Se Volta à Cultura Pop Do Ocidente Para Reconquistar Tua Juventude</h1>
<p>O rapper iraniano Amir Tataloo lançou um novo clip no dia anterior à conclusão do acordo nuclear iraniano, em 14 de julho. O título era "Nuclear Energy" (energia nuclear), e o filme se tornou sucesso instantâneo na web iraniana. O clip (assista abaixo) mostra membros da marinha da república islâmica, em um navio de guerra, cantando "isto é nosso justo absoluto, termos um Golfo Pérsico armado". O vídeo, com claro suporte do regime e de seu aparelho militar, chocou diversos iranianos, visto que as autoridades costumavam desdenhar os rappers, definindo-os como bandidos ocidentalizados, pela melhor das hipóteses, ou propagadores do mal, na pior.</p>
<p>Tataloo, 32, um rapper com um milhão de seguidores nas mídias sociais, tinha de gerar tua música clandestinamente, até um ano atrás. Em dezembro de 2013, ele foi detido por suposta cooperação com estações estrangeiras de Tv avenida satélite. João Baldasserini Fala De Campanha Para Alinhar Namorada: ''Vasto Brincadeira'' participação das forças armadas em um vídeo musical de um artista underground que aparecia alardear tuas tatuagens, cabelo comprido e piercings parece ser um enigma.</p>
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<p>Mas não é. Reforça uma estratégia que os produtores culturais do Saiba Como Dominar O Teu Paquera Na Primeira Conversa vêm promovendo agora há dez anos. Com as invasões dos Estados unidos ao Afeganistão, em 2001, e Irã, em 2003, o Irã se viu cercado por forças militares e categorizado pelo presidente George W. Bush como quota do "eixo do mal". Alguns observadores nos centros de cultura próximos ao regime iraniano sentiam haver um dificuldade, contudo; muito poucos jovens se interessavam pelos carros de mídia do Estado. Em geral, os adolescentes iranianos não estavam respondendo em extenso número aos livros e filmes a respeito da competição e o passado da república islâmica descritos como "sagrados".</p>
<p>Se os Estados unidos viessem a atacar o Irã, ponderaram alguns cineastas pró-regime, será que os adolescentes iranianos se levantariam em defesa da nação? Temendo uma resposta negativa, eles assumiram a responsabilidade de modificar sua narrativa histórica, confiando menos pela religião e mais no nacionalismo. Iraque como soldado voluntário pela linha de frente, e mais tarde se tornou oficial de alta patente pela Guarda Revolucionária. Observando a crescente tendência ao nacionalismo pela população mais ampla, os produtores culturais e a elite política do regime perceberam uma chance.</p>
<p>Ao notar uma alta pela preferência por nomes persas pré-islâmicos para os bebês e a presença ainda mais constante do farvahar, o símbolo do zoroastrismo pré-islâmico, eles escolheram recorrer ao nacionalismo pra se conectar com as pessoas. À proporção que as pressões internacionais contra o país cresciam, e passavam a acrescentar sufocantes sanções e uma luta indireta com a Arábia Saudita, o senso de nacionalismo iraniano continuava a receber potência.</p>
<p>Os produtores estatais de mídia começaram a declarar este sentimento em tuas produções culturais, dos museus aos livros e filmes -e já à música. Um modelo proeminente é o Museu da Sagrada Defesa, um projeto multimilionário criado no norte de Teerã, inaugurado em 2012 e bancado por verbas municipais por ordem do prefeito Mohammad Bagher Ghalibaf, antigo comandante da Guarda Revolucionária. O museu traça uma enredo sobre a briga com o Como Arranjar Um Namorado Online diferente dos museus de mártires mais antigos e convencionais encontrados em todas as grandes e pequenas cidades do país.</p>
<p>Esses últimos celebram a disputa em termos puramente religiosos, celebrando os mártires que morreram pelo "imã Khomeini e o Islã", enquanto o novo museu de Teerã se esforça muito por enquadrar o conflito em termos nacionais. Uma das principais alas do novo museu exibe grandes mapas que afirmam a extensão do império persa e das regiões asiáticas que este governava mais de três mil anos atrás. O território é contrastado com a progressiva diminuição do território iraniano no decorrer dos séculos. O Irã atual é minúsculo se comparado ao glorioso império pintado pela parede. Irã, e por extensão sua dignidade como civilização antiquíssima.</p>
<p>O museu, em linha com a nova estratégia dos produtores culturais, abandona a celebração dos mártires e apresenta uma enredo carregada de nacionalismo, dignidade e orgulho. Então, grandes verbas estatais e da Guarda Revolucionária foram dedicadas a gerar vídeos com heróis "acessíveis", que tal tenham defendido o Irã quanto professado sua adesão à revolução. O mais renomado desses videos foi "Che" (2014), de Ebrahim Hatamikia, um filme sobre Mostafa Chamran, o primeiro ministro da Defesa do Irã pós-revolucionário. O filme retrata Chamran não só como defensor do islamismo mas como homem que lutou pra proteger os oprimidos, em suma um Che Guevara iraniano ao qual os jovens poderiam admirar.</p>
<p>Em pesquisa de maiores audiências, cineastas como Masoud Dehnamaki, ex-líder do grupo conservador militante Ansar-e-Hezbollah, se aproveita da cultura pop da juventude. Depois do sucesso dos vídeos de Dehnamaki na bilheteria, outro proeminente produtor de cinema associado ao regime começou a procurar roqueiros alternativos pra formar trilhas sonoras pra novos filmes de batalha. Definir se esses esforços funcionam ou não é trabalhoso.</p>
<p>Mohsen Rezaei, que comandou a Guarda Revolucionária ao longo da batalha, em discurso na cerimônia. O filme musical de Tataloo surgiu neste tema e utiliza imagens conhecidas que era comum acompanhar pela década passada. O intuito último de todo serviço cultural patrocinado pelo Estado, e pelas vastas verbas a isto dedicadas, é conservar viva a revolução.</p>